Quisera
escrever-te uma carta
sabendo que
não receberás tal correspondência.
A caneta
rabisca sobre alguns tracejados,
à pauta me
faltam palavras e coerência.
O pensamento
transporta-me à cama sonora,
ruídos e
aromas de um amor em cadência.
O abajur
aceso revela-se indiscreto,
testemunha da
paixão em total anuência.
Descansados
e abraçados, somos languidez.
Acordamos para
a vida e nossos problemas,
problemas imaginários
tal falsos sudários,
desisto da
carta e, em segredo, ofereço-te este poema.
Se um dia seremos
plenos e realizados,
só o tempo o
dirá, hoje soa a incerteza!
©rosangelaSgoldoni
28 02 2012
RL T 3 525
398
Poesia publicada na Antologia "POETAS FAZENDO ARTE EM BÚZIOS" 2012 Editora Somar
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