quinta-feira, 29 de agosto de 2013

AMOR QUE FAZ DOER



Amor que faz doer
não deve ser amor.

Talvez consumição,
à beira da loucura
na fronteira da inspiração.
Perder-se da poesia,
em noites de lua cheia,
um flagelado coração.

Amor que faz doer.
não deve ser amor.

Talvez síntese do desencontro
em permanente consternação.

©rosangelaSgoldoni
25 08 2013
RL T 4 458 299

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

VENTANIA



Sou coqueiro que se enverga frente ao vento e, passada a ventania, continua a germinar.


©rosangelaSgoldoni
04 08 2013

RL T 4 438 074


O QUE POSSO FAZER?



Chegou
embriagado,
querendo um abraço
e não sei mais o quê.
Com ares de desesperado,
um homem alquebrado,
triste  de ver!
Lamento,
só tenho palavras,
foram-se os sentimentos
e o meu bem querer.
Continuo seu porto seguro,
recolhidas amarras,
nada a rever.

O que posso fazer?
Rezar por você!

©rosangelaSgoldoni
26 08 2013
RL T 4 453 213

domingo, 25 de agosto de 2013

UM BEM NECESSÁRIO




O sol ludibria a garoa
que teima em ocultá-lo.
O vento, em seu auxílio,
abre caminhos,
bordando um céu prateado.
À luz agora filtrada,
sonhos enlutados
ressuscitam  reidratados.

Um sorriso flagrado ao acaso

revelou-se um bem necessário.

©rosangelaSgoldoni

24 08 2013
RL T 4 450 855

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A JOANINHA E A FLOR



A joaninha brincava [cheia de graça]:
escorregava feliz na pétala branca.
A flor festejava [extasiada]:
a natureza sorri num olhar de criança.

©rosangelaSgoldoni
20 08 2013
RL T 4 444 074

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

NO FUNDO, NO FUNDO...





No fundo,
no fundo,
não acreditei.
Você é tão raso.
assim, periférico,
estilo feérico
e se achava o tal.
Te deixar me fez bem!

No fundo, no fundo,
um fundo não tem!

Se não me amou,
perdeu sua vez!

©rosangelaSgoldoni

03 01 2011
RL T 2 705 921

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

VERDADE CONCEITUAL




Verdade,
quem a detém,
quem vai além
da definição?

Verdade,
questão de ótica,
às vezes apócrifa,
outras, hipócrita,
revelação?

Verdade
é o que temos em mãos
a cada dia,
no avanço da idade,
por necessidade,
individual ilação.

©rosangelaSgoldoni
19 03 2011
RL T 2 891 154

sábado, 17 de agosto de 2013

ONDE ESTÃO AS MANHÃS ESPONTÂNEAS?





Por você fiz loucuras tamanhas,
insanidades extemporâneas!
Mas, acabaram-se as artimanhas
e as manhãs espontâneas.

Para trás ficaram as cores
que enfeitavam nossa cama;
murcharam-se as flores
testemunhas deste drama.

Agora é recomeçar
mas não sei desatar o nó:
então me ponho a cantar
"É preciso aprender a ser só"!

©rosangelaSgoldoni
06 11 2010
RL T 2 599 535


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MADRUGADAS INSONES





Fantasmas
[sem cerimônias]
transitam  pela casa
nas madrugadas insones.
Não os consagro insidiosos.
Exorcizo-os:
trazem em si bolores de um passado expurgado,
transubstanciado em presente evidente:
clara/mente poesia!

©rosangelaSgoldoni
16 08 2013
RL T 4 436 520
Publicada na Antologia Mulheres Fascinantes II, 2013, Editora Delicatta SP



sábado, 10 de agosto de 2013

MEU PRÊMIO É VOCÊ




Recomeço, refaço, revivo,
do passado faço penhor;
renovo, ultrapasso, recrio,
para trás ficou meu andor.

Exijo, mereço, eu quero,
sem medo enfrento a dor.
Eu faço, ameaço, espero,
eu busco não importa onde for.

Eu vou, resgato a cautela,
juros são juras de amor;
não quero do bingo a cartela
só o prêmio, você, meu amor!


rosangelaSgoldoni
30 06 2009
RL T 2 425 204

ORIGAMIS



Raiva entalada na garganta!
E daí?
Não sou santa!
Ignoro o metabolismo,
enzimas de risco e,
após introspecção macroscópica,
inspiro aromas de rosas.
Transformo fel em origamis

©rosangelaSgoldoni
10 08 2013
RL T 4 427 862

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

SOMENTE UM DETALHE




Embriagados pela canção
há promessas de beijos no ar.
Em silêncio, gargantas destilam
endorfinas que teimam em agitar
ondas, tremores, suspiros
[embalados por tramas de olhares].
Apenas um tátil sensor...
Palavras, somente um detalhe...

©rosangelaSgoldoni
06 08 2013
RL T 4 421 395

sábado, 3 de agosto de 2013

A OUTRA MENINA




Quem sabe dama,
quem sabe moleque;
um tanto cigana
na dança e no leque;
provoca suspiros
e salamaleques.
A menina que não vestiu fantasias
sorriu teimosia
e outonou-se em atrevimentos.
Multiplica personagens
que não lhes demandem questionamentos.

©rosangelaSgoldoni
03 08 2013
RL T 4 417 202

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

PALCO DE UMA VIDA



Olhar cabisbaixo,
sonhos abandonados
emoção reprimida:
triste palco de uma vida!
Escolhas malfadadas
não encontraram ressonância
em sua companhia:
opções quase suicidas!.
Cerradas as cortinas,
plateia em debandada,
revelou-se a pantomima:
nem ator, nem sintonia!

©rosangelaSgoldoni
16 06 2013
RL T 4 415 338

BIENAL DO LIVRO RIO 2013

ESTAREMOS LÁ!




POR E PELA POESIA