gota a gota, céu e boca, pantagruélico paladar. gargantua, força bruta, contraturas a desprezar: do amor sem
armaduras às
cortesias medievais. impor-se ao
amar restrito é navegar e
naufragar no cais.
Retomo a caneta em
repouso.
Três, cinco anos, não sei ...
Retorno partida, quebrada e vazia
mas firme nos meus passos.
Caminho sozinha,
enfrentando ventos contrários.
Procuro não olhar para os lados,
sigo em frente: não pretendo recolher cacos.
Batalhas, vencidas ou perdidas,
acima de tudo, sobrevividas.
Queria o sim,
vivi o talvez,
cheguei à solidão:
sem medos, enfrentando pesadelos..
Não sei se isso é paz,
percebo que, de alguma forma, me atrai.
São poucos os planos,
apesar do desânimo,
sou dona de mim!
Eu
gosto
do
teu
gosto.
Um sabor de pistache
com calda de chocolate.
Nem sei se combinam
mas aí que reside o charme.
E quando te aproximas
estendendo-me a mão,
transformo-te em sobremesa
consumo até a exaustão.
Calo os calos criados que calejaram a minha emoção. Calo o ressentimento que me devora o coração. Calo o indisplicinado que subverte a minha razão. Calo, simplesmente calo o que sinto por ti: amor e paixão! Rogoldoni 20 09 2011