domingo, 28 de fevereiro de 2016

CONSTRUINDO UM PRESENTE MELHOR



BRAÇO À DISPOSIÇÃO




Sábado de sol.
Sozinha e maquiada,
bengala de apoio.
Somente um rosto
e uma estampa assustada.
Parou,
bloqueou  minha passagem
na estreita calçada,
estendeu-me  sua mão.
Retribuí com um sorriso e
um braço à disposição.

©rosangelaSgoldoni
27 02 2016

RL T 5 557 548 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

PRECISO MUDAR



Tento andar devagar,
mas a vida me impõe a pressa;
tento o sorriso espontâneo,
mas a lágrima teima em rolar.
Eu preciso mudar!

©rosangelaSgoldoni
02 10 2010
RL T 2 540 281

MEU VERSO VIAJA





Meu verso viaja em trova,
meu verso viaja em poema,
seja rica ou seja pobre,
a rima nao é um problema.

Problema é não amar,
problema é sofrer,
eu quero alegria buscar
não tenho nada a temer.

Eu rimo Brasil afora,
eu rimo com muita gente,
tanta alegria aflora
no papel da nossa mente.

©rosangelaSgoldoni
11 11 2010

RL T 2 610 375

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

SONHANDO ACORDADA




Sonhei,
mas estava acordada.
Suspirava...
Numa nave intergalática
aportei num jardim monocromático.
Assustada,
voltei à realidade.

©rosangelaSgoldoni
07 12 2009
revisado em 26 02 2016

RL T 2 672377

ESPERO!



Sento,
Levanto,
Vou ao portão,
Apago a luz:

Espero!

Um gole de cerveja,
Acendo o cigarro,
Canto sozinha:

Espero!

Troco o CD,
Dou replay
Já nada sei
do que eu quero:

Espero!

Lucidez?
Estupidez?
Embriaguês?
Não sei,

Só sei que te espero.

©rosangelaSgoldoni
09/11/2008

RL T 2 440 597

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

SABIÁ-CIDADE



Madrugada urbana,
sabiá canta 
antes do sol nascer.
Vazio,
companheira e ninho,
saudades da mata
onde o amanhecer
é instinto.
Sabiá-cidade,
buzinas,
esquinas,
acorda mais cedo para 
se fazer ouvir.
 
Vai, 
sabiá,
burburinha fora de hora:
a cidade acorda feliz!
 
Rogoldoni
22 02 2016
RL T 5 552 176

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

MORRO DO BUMBA (refletindo sobre o momento atual).




05 para 06 de abril de 2010.
A chuva começava sem trégua.
Num determinado momento um estrondo e, logo depois, avistávamos helicópteros com holofotes acoplados focalizando o local.
Um morro onde existia uma comunidade com ruas asfaltadas, luz, gás, telefone; muitas casas e comércio. Muitos pagavam impostos.
Mas não sabiam do pior: estavam assentados sobre um antigo "lixão".
Simplesmente escorreram ladeira abaixo.
O texto foi escrito dias depois, quando fui ao local prestar solidariedade (toda a sociedade mobilizada) e orar por todos.
Associando o descaso no caso do Bumba, percebo que nada mudou.
Continuamos à deriva nas mãos dos nossos governantes.
Saúde, Educação, Segurança, Saneamento Básico, Luz, Água e tantos mais não são as prioridades da maioria dos eleitos por este povo.
Que Deus nos abençoe a todos.

rosangelaSgoldoni
22 02 2016



"Tudo isto existe
Tudo isto é triste
Tudo isto é fado"
Aníbal Nazaré


Indescritível a dor das pessoas se abraçando e chorando!

Indescritível o cansaço dos bombeiros, policiais e trabalhadores envolvidos na tentativa de resgate de corpos. Há muito lixo e terra misturados.

Indescritível os voluntários passando de carro em carro, circulando entre as pessoas oferecendo água.  Alimentos, engradados de água mineral, leite e roupas chegando a todo momento.

Indescriível as pessoas descendo ladeiras próximas com objetos pessoais, uma vez que suas casas foram interditadas 

Indescritível o odor que exala daquela montoeira de lixo e terra. Muitos já utilizam máscaras.

Indescritível a quantidade de água que ainda desce do morro.

Indescritível o posicionamento das autoridades públicas que declararam que a área não era considerada de risco, e, no entanto, os técnicos afirmam que só a chuva, embora torrencial, não justificaria esta tragédia.

Tudo isto existe
tudo isto é triste
mas não precisava ter acontecido!

Que o Sr. Jesus se apiede das almas do morro do Bumba!
Que o Sr. Jesus se apiede do povo do Estado do Rio de Janeiro!
Que o Sr. Jesus se apiede do povo brasileiro!

Que o sr. Jesus ampare e abençoe os envolvidos nesta operação (bombeiros, policiais militares e civis, tratoristas, voluntários, motoristas e outros).

A solidariedade é um exemplo de fé e compaixão. 

rosangelaSgoldoni
10 04 2010
RL T 2 428 833

domingo, 21 de fevereiro de 2016

SEM FRONTEIRAS PELO MUNDO (LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA - prosa e poesia)


Com alegria e satisfação divulgado o lançamento da Antologia "Sem Fronteiras pelo Mundo", em Blumenau, da qual participo com um projeto aprovado e publicado.



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

FRACTAIS DE EMOÇÃO



com[passo]
firme
esquivo-me
dos
concêntricos.

a
inquietude
do
amor
percorre a linha poética do horizonte.

caos
em fractais de emoção.

©rosangelaSgoldoni
14 11 2014
RL T 5 547 965

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

FIO DE VIDA




Há um fio de delicadeza que permeia
o contraditório da vida.
Sim e não,
quero,
posso,
devo,
cotidiano
em tropeços ou avessos.
Decisões!
Asperezas
ou
toques de seda,
metaformoses
em ponto de equilíbrio.


©rosangelaSgoldoni
09 12 2015
Rl T 5 544 983

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

ACIDENTES DE PAIXÃO



Olhar insistente,
quase imprudente,
amargurado;
um quê de revés
indisfarçável.
Acidente!
Coisas de amor cristalizado
em tempos de paixão.

©rosangelaSgoldoni
24 11 2014
RL T 5 541 570

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

CINZAS



Tempo resguardo.
Folia recolhida.
Santa poesia!

©rosangelaSgoldoni
08 02 2016

RL T 5 538 151

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

LEMBRANÇAS DE CARNAVAL





Lá,
na rua da Conceição,
domingo,
passeava de mãos dadas com meus pais.
Banhos de confete,
rolos de serpentina;
pierrot e colombina
lançavam perfume no ar.
Algumas vezes
na pracinha,
vendo o bloco passar.
No tempo das matinês,
jardineiras e camélias
desfilavam pelo salão.
Pulando o tempo passou.
Hoje brinco
nos blocos da lua,
esquinas e ruas
poemas enredos.
Sossego!

©rosangelaSgoldoni
05 02 2016
RL T 5 534 961

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

MEU RIO INTERIOR




Há um rio a circular em mim.
Vezes transborda
outras vazante;
vezes me afoga
outras vertente,
(in)(sana)mente!
Vão-se os fluxos e refluxos,
artérias e veias,
leitos, corredeiras,
quase ventos:
vezes brisa,
outras tormentos.

Circul(a)ção de vida!

©rosangelaSgoldoni
24 08 2015
TF SMM

RL T 5 533 581

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

SACODE, BATERIA!




Tem carne? Vale!
mais-valia do amor.
vai bateria!

©rosangelaSgoldoni
01 02 2016
RL T 5 530 298

O Carnaval é uma festa que é marcada pelo "adeus a carne" que a partir dela se fazia um grande período de abstinência e jejum, como o seu próprio nome em latim "carnis levale" o indica[1] [2] . Para a sua preparação havia uma grande concentração de festejos populares. Cada lugar e região brincava a seu modo, geralmente de uma forma propositadamente extravagante, 
Fonte: Wiki

POR E PELA POESIA