terça-feira, 28 de janeiro de 2014

TEMPO






O tempo perde-se no tempo,
que se perde confuso
na minha cabeça.

O tempo encontra-se nas ruas,
transparece nas faces,
sem piedade.

O tempo torna-se concreto
ao manejar fotos
que a vida retrata.

O tempo não quero entendê-lo,
prefiro vivê-lo
de forma abstrata.

rosangelaSgoldoni
04.04.2009

RL T 2 421 190

Poesia publicada na Antologia Café com Verso.
2012 Editora Delicatta, SP 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

SEM MEDO DE RECOMEÇAR

  

Meu coração
descansa
naquela cadeira:
lembranças
e sonhos a gotejar.

Empapa-se confiança
- ainda criança –
sem medo de recomeçar!

©rosangelaSgoldoni
27 01 2014
RL T 4 667 214

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A SAUDADE



Saudade:
verdade que parte
fazendo um refém.
Abrigo:
subterrâneos da emoção
em picos de fragilidade.
Emerge,
assombra
à sombra dos mortais.
Momento rebate,
coração reage,
sanidade:
só o tempo é curador!

©rosangelaSgoldoni
SMM 22 01 2014


RL T 4 659 528

sábado, 18 de janeiro de 2014

EXPECTATIVAS DE SOL





EXPECTATIVAS DE SOL

Dias nublados...
Turbam-se os fatos...
O sol em recato
embaça a visão!
Dias nublados,
assim, embotados,
são dias de enfado,
de introvisão.
Agendo expectativas de sol para o amanhecer!

©rosangelaSgoldoni
18 01 2014
RL T 4 655 139
Publicado na Antologia Inspiração em Verso, 2014, Editora Futurama, SP

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

LUAR ENTREVISTO




LUAR ENTREVISTO

Deixou-se entrever por nuvens em desgoverno.
Ela,
desbunde dos poeta,
dos que tem a alma inquieta,
loucos inconsequentes,
amantes desatentos,
desnuda-se provocante
num rasgo de sedução.
Segue seu curso
liberta da penumbra plúmbea,
estende-se sobre a colcha ebúrnea
onde repousam,
em vertigem,
desencantos e aflições

©rosangelaSgoldoni
16 12 2013
RL T 4 650 646

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O AMOR



Algumas Considerações sobre o AMOR

Amar é:

Interagir,
transgredir,
doar-se sem medidas,
machucar-se por dentro,
ferir-se por projéteis invisíveis,
redefinir-se.

São tantos os verbos a defini-lo
que não me proponho a colocá-los em desfile.

Mas, na hora da despedida
só há um a conjugar´:
CICATRIZAR!


©rosangelaSgoldoni
20 02 2011
RL T 2 804 686

domingo, 12 de janeiro de 2014

PRELÚDIO VESPERTINO



Do alto de sua pompa,
recepcionou-me assim:
despida de vaidades,
vespertina claridade,
reinventando novidades
na monotonia do sem fim!

©rosangelaSgoldoni
11 01 2014
RL T 4 646 562

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

CURAÇAU BLUE




 


partiram
de mãos dadas com o vento,
apresssados
para
um
encontro
azul.
estardalhaço
de
amores
embriagados:
tarde em curaçau blue.

09 01 2014
©rosangelaSgoldoni
RL T 4 643 084

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

PÚBLICO E NOTÓRIO



Pediu meu perfume emprestado,
borrifou-o no braço
e
fez pose pra foto:
quis ser público e notório!
Opinou na decoração,
na cor do cabelo,
elogiou meu tempero:
esmerou-se em exageros!
Não nego, meu ego confesso
vestiu-se vaidades:
na verdade,
um encontro marcado c’oa realidade
(coração fechado a maremotos ou
ou tsunamis sentimentais)

Liberta,
sou brisa marinha
que se debruça sobre o cais!

©rosangelaSgoldoni
06 12 2013
RL T 4 640 410
Publicado na Antologia Inspiração em Verso, 2014, Editora Futurama, SP

domingo, 5 de janeiro de 2014

FRÁGIL MOMENTO




Semeio
o pranto,
(frágil momento)
nos
aguadeiros
da
solidão.
Colho flores de papel maché
em alguidares:
CELEBRAÇÃO!
Ao
longe,
um sax
consome-se
em melancólicos blues
lamentando
o despropósito da paisagem.

©rosangelaSgoldoni
04 01 2014
RL T 4 637 572
Publicada na Antologia Café com Verso vol. 3 2014, Editora Delicatta, SP

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

AGRADECIMENTO AOS ANOS PASSADOS



O agora esgota-se a cada segundo.
O momento já se tornou antes.
Nesta época do ano, o presente passado nos
prepara rumo a um possível e provável futuro
que se chama Ano Novo.
Todos os novos trazem um emblema e
renascemos a cada troca de calendário.
(adendo ao poema ... 25 12 2018)


Agradeço aos “Anos Velhos”
pelos pais que me criaram,
pelo trabalho conquistado,
pelos filhos encaminhados,
pelos amigos proporcionados ao longo do caminho.
Por nunca ter desistido,
desafiado as impossibilidades,
feito do incrível o crível,
uma impaciente necessária.
Ah! O que seria do meu Ano Novo sem eles, os passados?
Este Novo revelou-se emblemático:
uma febre inesperada,
um termômetro na calçada
na madrugada
testemunha o milagre do renascer!

©rosangelaSgoldoni
02 01 2014
RL T 4 634 323

POR E PELA POESIA