terça-feira, 30 de setembro de 2014

UM LIVRO PARA CHAMAR DE MEU (CONVITE)

“Fiapos de Lucidez” em Porto Alegre foi uma decisão consciente.
Em terras gaúchas abriram-se as primeiras portas para que os “Rascunhos da Rogoldoni”, então hospedados no Orkut, ultrapassassem a virtualidade.
Minhas participações nos Contos e Crônicas Vol. 1 e Poesias, vol. 4, (2011) além da emoção de vê-los (os meus rascunhos) concretizados em livro, redesenharam meus caminhos pelo Brasil.
Três anos depois, 23 Antologias (RS, RJ– Búzios e Niterói; Al; MG e outras tantas em São Paulo) posso finalmente afirmar: tenho um livro para chamar de meu!
Apresentá-los (Os Fiapos) na Feira do Livro de Porto Alegre é fruto da gratidão. Aqui encontrei gente engajada em movimentos culturais, fiz amigos. Fiz-me Poemas à Flor da Pele: incentivos! Não posso deixar de citar a poeta carioca Telma Moreira que me guiou.
À Editora Somar, capitaneada por Soninha Porto, os cuidados da edição. Da capa à contracapa revelo-me sem máscaras.
Em terras gaúchas fiquei minha bandeira de letras.


É TEMPO DE ENVOLVIMENTO E INDIGNAÇÃO


Jabor escreveu “O Discreto Charme da Corrupção”.
Apesar de concordar com o texto, ouso discordar do título, apesar de sarcástico.
Corrupção não tem charme, tem toques de ratazanas, delicadezas de polvos e seus tentáculos, centopéias tóxicas, sanguessugas escorregadias e, infelizmente, nos tempos atuais, propaga-se como vírus infectando corredores ditos inexpugnáveis.
Eu, cidadã, de salário sobrevivo. Faço parte desta cadeia alimentar com os impostos acachapantes que me são subtraídos, todos muito bem fundamentados, só não sei onde são empregados. Mas imagino.
Tenho plano de saúde, sou uma vítima especial: pago imposto e não uso rede de seguridade social.
Transporte só o necessário, optei por andar a pé, enquanto puder.
A construção civil explode, gera empregos; mas a cidade encolhe. Quase certo explodirá em breve tempo, já que não se investe em esgoto, galerias pluviais ou rede elétrica. O que importa é o alvará, que o IPTU vai gerar. Conclusão: “deixa estar para ver como vai ficar”.
Carros em profusão, uma perfeita combustão. Ruas estranguladas e pedestres sem calçadas.
E o mentidos e desmentidos?
Numa sequência que me toma por idiota, cansei de lorotas.
Patrimônios irrefutáveis, assessores descartáveis e uma bela mesa de reunião.
Minha Pátria me deixa triste diante de tanta canalhice.
Pátria de recursos infindáveis (naturais e jurídicos), leis inaplicáveis (com exceção daquele, que, como eu, não tem a menor possibilidade de contratar uma banca de advogados para protelar o improtelável), padrinhos inexplicáveis.
Acorda minha Pátria, esquece o toque de silêncio: é tempo de envolvimento e indignação!


©rosangelaSgoldoni
25 05 2011
23:13h
RL T 2 993 828

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

SONHOS RECORRENTES




Eis que,
trás os montes,
o sol escorre
lentamente.
Acendem-se
os sonhos recorrentes
que a noite transporta
em sua bagagem.
Poetas desavisados
reencontram-se à procura
de versos exibidos,
expostos,
consentidos
à espera do poema.
Ciclos que não se limitam...

©rosangelaSgoldoni
28 09 2014
RL T 4 979 812


domingo, 28 de setembro de 2014

NOITE DE TEMPORAL




Quase madrugada.
O corpo entorpece,
cala-se o tempo,
trincam-se os dentes.
Dormentes
que sustentam
os trilhos da solidão
amortecem
o fardo
das lembranças.
O abraço pendente
desaba:
noite de temporal!

©rosangelaSgoldoni
16 09 2014
RLT 4 964 867

sábado, 27 de setembro de 2014

SÓ O FINAL DA HISTÓRIA




E,
quanto ao final de história,
desencantou-se a Cinderela.

Regressou ao borralho
(onde Perrault a imaginou)
à espera d’ outra fada madrinha.

26 09 2014
©rosangelaSgoldoni
RL T 4 979 120

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

TRAMAS & MEADAS



TRAMAS & MEADAS

Há decepções que não valem uma lágrima!
Muitas, até previsíveis,
de quem se pensa gostar.
E pensando fui me envolvendo
enrolando-me, novelos
sem pontas para cortar.
Num momento de lucidez
a meada  reencontrei.
Desfeita toda a trama,
reles  folhetim.
Pena?
- Não faz sentido!
Ignorar é o que diz a razão.
Tristeza, deixei ao largo:
já não me comovem os surtados
por conveniência ou omissão.

©rosangelaSgoldoni
30 04 2012
RL T 4 976 561

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

MEU TEMPO



Na medida em que o libero,
mais o comprometo.
Não sei se me alegro 
ou entristeço.
 
Prefiro agradecer 
o contrassenso.
 
©rosangelaSgoldoni

26 10 2011
RL T 3 298 558

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

domingo, 21 de setembro de 2014

O BREVE CICLO DA ROSA


16 09 2014




Orvalhada





Esplendor máximo.

Abrindo espaço para novos botões.
Não verei o seu ocaso.
23 02 2014
©rosangelaSgoldoni

sábado, 20 de setembro de 2014

CAMINHOS DE PRIMAVERA





Insetos em festa,
passarada a sorrir.
Reboliço nos caibros da varanda:
plumas e gravetos pelo chão.

Folhas renovadas.
Frutas a me seduzir:
amoras,
(“vou contar que você namora”)
coisas da infância.

Flores,
perfumes e cores
circulam pelo jardim.

Ninfas despertam embriagadas.
Enfeitiçam os amantes hibernados e desidratados 
- delírios de saciedade -.

©rosangelaSgoldoni
20 092014
RL T 4 969 219
Publicado na Antologia Café com Verso IV 2015
Ed. Delicatta SP

BROTAÇÃO DE POESIAS




sexta-feira, 19 de setembro de 2014

OUTRA FACE DA MINHA MOEDA (Classificada no Concurso Corrente do Bem 2011, Campinas)






Se julgam meus versos tristes,
não me confundo com a tristeza.
São alguns momentos de vida
sentidos de forma intensa,
que geram tribulações
e mexem com a minha cabeça.
Meu sorriso às vezes embutido
escancara-se em promessas,
deixando para trás turbulências:
outra face da minha moeda.

09 11 2011
©rosangelaSgoldoni

OBS:
Este poema foi classificado e consta da Coletânea Corrente de Poesias, promovida pelo Espaço Infantil Corrente do Bem, 2011 (entidade filantrópica de Campinas, SP,  direitos autorais cedidos à Editora Iluminatta e ao Espaço infantil Corrente do Bem
Publicado na Antologia Corrente do Bem

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

SORRISOS AGRADECIDOS




É preciso algum tempo para que a tristeza se aquiete, 
o fardo se disperse
e a alegria reflua ao convívio habitual.
Sorrisos despertarão agradecidos.

©rosangelaSgoldoni
18 09 2014
RL T 4 967 256

SOLFEJO FRACIONAL



Durmo dó,
caminho ré
e penso em mim.
Acordo sol
estou lá,
eu sou assim.
Arremedo de escala musical.
Faltam-me notas.
Meu solfejo é fracional!


©rosangelaSgoldoni
06 04 2011
RL T 2 903 382

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

NOITE DE TEMPORAL



Quase madrugada.
O corpo entorpece,
cala-se o tempo
trincam-se os dentes.
Dormentes
que sustentam
os trilhos da solidão
amortecem
o fardo
das lembranças.
O abraço pendente
desaba:
noite de temporal!

©rosangelaSgoldoni
16 09 2014
RL T 4 964 867

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O PODER DA PALAVRA




Não brinque com a palavra:
seu toque é de realidade,
não a trate com ambiguidade.

Mal ditas ou bem ditas
armazenam energia vital
(para o bem ou para o mal).


©rosangelaSgoldoni
05 12 2010
RL T 2 655 291
Revisada em 16 09 2014

NOS TEMPOS DO ROCK AND ROLL




Nos tempos do rock and roll,
décadas de anos dourados,
Elvis cantava And I love you so,
hoje tinjo os cabelos prateados.

Meus olhos vivos e brilhantes,
vida,um caminho a ser trilhado.
Agora, esperança avisto ao longe,
tão pouco para ser repensado.

Meus ídolos partiram sem aviso,
REFLECTIONS OF MY LIFE ainda cabem,
mas o tempo desgastou-se com a idade.

Fantasmas  que me rondam, exorciso-os.
Não convivem, não concedo intimidades.
Enceno alguma sobriedade.

©rosangelaSgoldoni
03 11 2010
RL T 2 593 885
Revisado em 16 09 2014

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O QUE IMPORTA A VERDADE?





Que droga de tesão é essa que sinto por você,
que vai contra meus princípios e vontade?
Que raios me atraem e magnetizam,
deixando-me louca de vontade?
O que me faz ceder ao teu toque,
querendo mais e mais que te encostes?
Por que meus olhos brilham quando apontas
e logo me abraças, e até me sufocas?
Mistérios que não quero desvendar:
tanto se me dá...
Por mais que me intrigue esta reciprocidade
o que menos a mim importa é a verdade.

Rogoldoni
09 11 2008

RL T 2 446 575

CONVOCAÇÃO DAS FADAS (da série: Brincando com Poesia)






NINGUÉM ME OUVE


©rosangelaSgoldoni
11 03 2011
RL T 2 839 544

PERFEIÇÃO? NÃO!




Não espere o meu afeto,
não me creia distinção;
meu coração irriquieto,
não tolera perfeição.


©rosangelaSgoldoni
14 09 2010
RL T 2 496 703
Publicada na Antologia Mulheres Fascinantes, Editora Delicatta, SP 2012

domingo, 14 de setembro de 2014

COISA TRISTE



Dói
saber:
Eu comigo,
você com você!


©rosangelaSgoldoni
05 02 2011
RL T 2 776 825

COISAS DE SER HUMANA





Recolho estrelas.
Bordo versos e
rimas
 - poesia pulsante -.
Nas entrelinhas,
vida!
Coisas de
ser
humana
observadora
em águas cristalinas
- lágrimas vertidas -
Recolho estrelas e 
te oferto
-às escondidas -!

©rosangelaSgoldoni
07 09 2014
RL T 4 961 198
Publicado na Antologia Poemas à Flor da Pele vol. 10, 2016 Porto Alegre

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

TORVELINHOS




Rodopiam
palavras
por
entre
pautas
imaginárias
[frenético
torvelinho].

De encontro,
o poema inflama.
Lençóis em desalinho.

©rosangelaSgoldoni
15 08 2014
RL T 4 957 499

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

BATUCADA



Há um silêncio
imprudente,
agora,
lá fora...
Batucadas no coração.

©rosangelaSgoldoni
25 07 2014
RL T 4 895 542

terça-feira, 9 de setembro de 2014

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

PALAVRA EM PAUTA




Frio!
Vento cortante!
Garoa inclemente!
A palavra em pauta mantém-se alerta:
resiste bravamente e aquece a alma.

©rosangelaSgoldoni
SMM
28 07 2014
12.50h 10º
RL T 4 954 493

domingo, 7 de setembro de 2014

OUTONO POR VOCAÇÃO






Adoro o Sol!
Mas verão?
- Não!
Sou outono por vocação.

©rosangelaSgoldoni
08 02 2011
RL T 2 780 638

Publicada na Antologia Café com Verso vol. 3

2014 Editora Delicatta SP



sábado, 6 de setembro de 2014

"INDEPENDÊNCIA OU MORTE"

Tela: Independência, Pedro Américo



Primeiro ele disse: “Eu Fico!”,
é certo, não foi por acaso:
pressões o determinaram.
À corte urgia seu filho;
ao Brasil, por José Bonifácio.

Corte e Colônia em conflito,
exigências de toda sorte.
Em meio a cartas e avisos,
do Ipiranga, de sul a norte,
D. Pedro decide conciso:
 - “Independência ou Morte!”
Um brado definitivo
que muda o curso da Hitória.
Brasil, Portugal, amigos:
festejam a paz e a concórdia!  

©rosangelaSgoldoni
06 09 2012
RL T 3 869 317

ARTIMANHAS DA LUA





Bela e nua,
franqueia seus quartos
à ilusão mundana.

©rosangelaSgoldoni
06 09 2014
RL T 4 951 911

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

FARRA DE LETRAS



Exponho vísceras
falo besteira,
caio na farra das letras!
Destempero,
monja quando menos espero,
revigoro meu canto a cada muda.

Múltipla!

©rosangelaSgoldoni
28 08 2014
RL T 4 950 047

POR E PELA POESIA