quinta-feira, 28 de abril de 2022

A ALEGRIA E O POETA



Há um veio de alegria a efervescer no peito do poeta.

Momentos de lavra farta, a céu aberto,

vida a jorrar sorrisos fartos.

Outras, depósitos subterrâneos, 

captação necessária por sobrevivência.

Alternâncias naturalmente desprotegidas

mas amparadas pelos momentos em que a vida

brinca de gangorra com seus humores.

Gangorra,

quem sabe,

essencial ao equilíbrio das emoções

e da poética dormente.

Sobe e desce,

permanência

e

oscilação.

 

©rosangelaSgoldoni

25 04 2022

RL T 7 505 227


terça-feira, 19 de abril de 2022

FLORES DE INVERNO


 

As flores do frio despertam

no silêncio das madrugadas de inverno

desafiando o alongar das noites.

Gardênias e azaleias passeiam pelos jardins

acendendo cores em ofertas de néctar.

Vida celebrada num bater incessante de asas

pelos jardins,

natureza agradecida e

embevecida ao

testemunhar os lírios

numa viagem “ceciliana”

pelos acordes do amanhecer.

 

©rosangelaSgoldoni

11 06 2021

RL T 7 498 532


sábado, 9 de abril de 2022

MULHER DE RIMAS (em homenagem a Cecilia Meireles)



Obs: a data do certificado é o dia em que a Poemas à Flor da Pele

comemora 16 anos.



Sonhei-te,

Cecilia,

em versos embalados em papel carmim,

poesia e nostalgia

sem garantias de um final feliz!

Procurava-me entre as fases da tua loucura

lúdica, mística ou confusa,

transmutando-me numa mulher de luas

e luares refletidos tão dentro de mim.

Noites de varanda,

suspiros de gardênia despertavam tremores,

odores e clamores sem certezas e cores,

ensaiados à exaustão por sedução de amor.

Traduzi-me num canto do bem-te-vi

a trinar por aquela ausência.

Suplico-te,

Cecília:

ensina-me a ser mulher de rimas,

quem sabe poeta e alguma estima

pelos versos que me devolvam à sensatez!

 

©rosangelaSgoldoni

RL T 7 491 485

30 03 2021


sábado, 2 de abril de 2022

AQUI E AGORA

 

Reencontro-me neste mergulho lúdico

festejando o encanto do teu olhar.

Na calmaria deste sonho,

desprotegida de mim,

aceito,

 num faz-de-contas,

transformar lonjuras inalcançáveis  

em aqui e agora,

sem vontades para acordar.

O despertar inevitável dá-se

em plena lucidez outonal.

Ventos sopram os sonhos

em movimentos contínuos,

arrepios e calafrios,

desembarque na próxima estação;

inverno acinzentado

reinventado nas cores do arco-íris.

 

©rosangelaSgoldoni

01 04 2022

RL T 7 486 684


UM POEMA RADICAL (Solicitado para uso escolar no Ensino Fundamental II)

  Agradeço Um Poema Radical Infelicidade Insensatez Infidelidade Invalidez Não se fie no prefixo Opte pelo radical Acresça um bom s...