quarta-feira, 19 de agosto de 2015

INSINUAÇÃO





Percebo-te,
a cada insinuação,
com a simplicidade
dos pés descalços e desprotegidos,
da inocência dos sorrisos sem compromissos,
do credo inabalável dos fiéis!

Incorporo-te!

Dispenso armaduras.
Trajo-me pautas e cores,
ensaio retoques e sabores,
aguardo teus incensos e essências.

Verbenas, frésias, açucenas;
baunilhas, rosas, magnólias;
miguet, cravos ou lavandas.

Quando chegas,
ó verso em nascedouro,
entoo um poema em reticências
até  que se module a inspiração.

©rosangelaSgoldoni
18 12 2014
RL T 5 350 307

Classificado no Corcurso Flor do Ipê, Núcleo Catalão da Universidade Federal de Goiânia




Publicado na Antologia Café com Verso IV 2015
Editora Delicatta SP

2 comentários:

Seu comentário será bem-vindo!

CICLOS EM OUTONO

  Ainda alimentada pelo pulsar da vida, deixa-se conduzir pela maciez do toque, do abraço e afago das antigas recordações. Despert...