sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Quase um Bolero



Um depois indefinido,

revestido de otimismo

aguarda-me no calendário.

 

Hoje sou esperança

enquanto folheio lembranças

de um passado noutro cenário.

 

O presente desembrulhado

revelou-se retardatário

nas delicadezas do viver.

 

O tempo parado no tempo

deixando sem argumento

os ponteiros do compreender.

 

Transbordando impaciências,

adiando sonhos, projetos,

sem saber se hoje exagero

reinvento-me num quase bolero:

amanhã eu vou,

amanhã eu quero!

 

©rosangelaSgoldoni

18 10 2020

RL T 7 094 627


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