sábado, 15 de março de 2025

UM NOVO CARNAVAL

 




A sede do novo

leva-me ao encontro

do desconhecido.

O que seria em família

refaço em grupo,

entre faces renovadas.

Meu carnaval distante,

companhias e cidade,

novidades desbravas.

Verdade,

alguma saudade

que se perdeu

entre um bate-papo e outro.

A vida pede releituras

e,

enquanto houver tempo,

ao romper a maturidade,

danço ao som das novidades ofertadas.

 

©rosangelaSgoldoni

01 03 2025

RL T 8286102




segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

RENASCER EM VERSOS


 

Fogem-me as palavras em versos e

inspiração.

Questiono ao tempo se o momento

será brevidade ou permanência em solidão de

poemas.

Não que me faltem sentimentos

(ainda conservam alguma ebulição).

Quem sabe o acelerar do calendário

aconchegue-se entre as dobras do pensamento

a poupar-me de novos sabores...

Morno,

insípido,

inodoro,

Ah,

certamente rejeitados,

descartados

e inoportunos.

O poema renasce nestas linhas

a romper a barreira do existencial.

 

©rosangelaSgoldoni

01 02 2025

RL T 8 256 248


quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

IDENTIDADES


 

 

Hoje precisei de mim!

Ativei cuidados extras na rotina diária

desconstruída pela manhã.

Surpreendida por um clone numa rede social,

do nada,

eu,

duplicada...

Senti-me desprotegida,

à mercê do imponderável.

Denúncias à parte,

coloquei a ansiedade para descansar

apesar de,

por momentos,

a impotência me fazer companhia.

Sacudida,

sorri

por e

para mim

no poema aflorado.

Veias

e versos

em

saudável e

solícita

sintonia!

 

©rosangelaSgoldoni

16 01 2025

RL T 8 242 900


terça-feira, 24 de dezembro de 2024

SINAIS DE NATAL

 

O medo percorre esquinas,

entrelinhas,

pensamentos

becos e vielas,

avenidas...

Circula nas veias

das cidades grandes,

nos semáforos

nos corações pulsantes

em descompasso

de uma realidade social

que se pretende viável.

A paz dos mortais em

choque de insegurança;

balas à esmo,

guerras sem apreço,

noites insones,

cruzamentos em histeria:

um sinal verde transformado em roleta russa por mãos displicentes.

Que as luzes do Natal reacendam o espírito

da tolerância,

da boa vontade e

e da consciência de sermos humanos numa

desejável convivência pacífica.

 

©rosangelaSgoldoni

24 12 2024

RL T 8 226 074


segunda-feira, 25 de novembro de 2024

MEU PRIMEIRO SUTIÃ




Eu,

na verdade,

nem me lembro,

talvez um contrassenso à peça publicitária.

Registro bem os momentos do primeiro pagamento!

Salário, contracheque,

ensaios de independência

tão sonhada na adolescência.

Num primeiro contrato de trabalho,

março, abril, maio, junho e julho;

agosto surge como realidade financeira:

um montante acumulado de sonhos.

Sem deslumbramentos,

pés no chão,

agasalhos “ban-lon” para a mãe não sentir mais frio

(um conforto merecido além do imaginado).

Bolsa de couro e o primeiro guarda-chuva

(eu merecia!)

Presentes para o pai, irmão, irmã.

Quanta alegria!

Lembro-me ainda do meu querer

um pouco mais pela dignidade de viver...

Contrato que findara em dezembro

renovou-se em fevereiro

com estabilidade noutro segmento

até a aposentadoria.

Como esquecer a marca desta conquista?

 

©rosangelaSgoldoni

03 11 2024

RL T 8 205 333


terça-feira, 12 de novembro de 2024

JANELAS

 

Chegava do nada

na calada da noite,

sorriso nos lábios

e braços a postos.

Sempre um Campari a celebrar!

Madrugadas festejadas

no desarrumar dos lençóis.

A lua espionava inquieta,

janela discreta

a filtrar emoções.

A vida corria lá fora

contra o relógio

em descompasso de viver.

Ao amanhecer,

o sol,

janela agora indiscreta,

os devolvia ao comum dos dias

entrecortados de solidão.

 

©rosangelaSgoldoni

01 09 2024

RL T 8 195 185

terça-feira, 29 de outubro de 2024

VERSOS À LA CARTE

 

Inspirar...

Expirar...

Movimentos

a ritmar a vida em

versos suspirados.

Da alegria,

sintonias em escala musical.

Da tristeza,

caminhos a liberar endorfinas,

purificação emocional.

Máscaras e fantasias,

poesias,

em rimas festivais.

Entre linhas,

o poema despido,

alimenta

sonhos ou pesadelos,

calma ou desassossegos,

embalados pela realidade.

 

©rosangelaSgoldoni

28 10 2024

RL T 8 184 987


UM NOVO CARNAVAL

  A sede do novo leva-me ao encontro do desconhecido. O que seria em família refaço em grupo, entre faces renovadas. Meu carnaval distante, ...