quarta-feira, 4 de maio de 2011

EU E O VENTO




Quando à noite
batem à porta,
penso tratar-se do vento.
Puro fingimento:
é você à procura de alento,
um furacão de paixão,
minha vida, meu tormento!
É quando me dou conta
que o tempo perde-se no tempo
e eu, perdida em você,
não respondo pelo meu bom senso.
De tanto invocar o vento,
desculpa pra te esquecer,
esqueço de que me esqueceu:
só o vento é o que tenho de meu!


©rosangelaSgoldoni
01 05 2011
T 2 950 024
Publicado em Fiapos de Lucidez

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