me levam de bar em bar,
por mim já não respondo
estou quase a te ligar:
mas preciso me repensar.
Entre um drinque e outro
navego por tristes lembranças;
o timão abandonado
esquece o rumo traçado
e é preciso velejar...
o relógio sempre à vista
parece que está a gritar:
- E hora de levantar!
Ponteiros me esqueçam, respondo
meu tempo é singular!
Mas a hora não perdoa,
o tempo não escoa,
os versos desacertam,
as rimas se esfacelam:
não sei que atitude tomar!
Assumo com certa clareza,
embora não tenha certeza,
todo o contraditório.
Minha vida em repertório
cantar, cantar, cantar...
©rosangelaSgoldoni
05.06.2009RL T 2 423 360
Publicada na Antologia Café com Verso vol. 3 2014, Editora Delicatta, SP
Como é bom poder vir ler tua "viagens", encontros, desencontros e... Cantar, cantar, cantar...
ResponderExcluirBeijo, Rô
Saudades