terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

SILÊNCIO CONSENTIDO



Permito-me, ´
neste momento,
sentar,
escrever
e nada dizer.
Há mais
conteúdo
neste silêncio consentido
do que
na palavra
(não autorizada)
tentada
a repousar
sobre o papel.

©rosangelaSgoldoni
22 02 2014
RL T 4 705 783

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

CIGARRA APRENDIZ




Um canto estridente sobressai em meio à mata:
percorre trilhas,
escorre por entre regatos
em concubinato com a natureza.
Sonoridade instigante,
destoante e improvável serenata:
cigarra em alvoroço
procura conforto no
cálice da paz desiderata.
A lua adianta-se claridade,
cometas pautam linhas no horizonte:
o canto suaviza-se na poesia
ali tracejada.
Parte reconfortada
[cigarra aprendiz]
rumo ao nada!

©rosangelaSgoldoni
SMM 12 02 2014


RL T 4 687 773

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

LUA CHEIA NO ASFALTO




Chegou
em plena selva de pedra.
Abriu seu espaço
iluminando terraços, varandas, asfalto.

rosangelaSgoldoni
02 07 2012
RL T 3 756 736
Publicado na Antologia Poetas Fazendo Arte em Búzios, Livro II, 2013

domingo, 9 de fevereiro de 2014

UM PORTO QUASE SEGURO


Silêncios
indigestos;
medos 
reticentes;,
noites de sono inconsistente.

Que não te soem rasos meus avisos e alertas!


Nestes versos,

sem pretensões estéticas,
reproduz-se um ouvido insano
que, ao longo de alguns anos
tornou-se confidente:
um porto quase seguro
nos caminhos do entardecer...

©rosangelaSgoldoni

29 11 2013
RL T 4 683 210

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

ACORDEI NOS BRAÇOS DO SOL




Lua cheia
brilhando na transparente vidraça.
Você não estava.
Perdeu a graça!
Deitei-me na primeira nuvem
e fui dormir!
Acordei nos braços do sol.

rosangelaSgoldoni
em 06 12 2010

Publicada na Antologia "Mulheres Fascinantes" vol. 2,
2013, SP, Editora Delicatta

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

FINAL DE TARDE, QUASE NOITE DE VERÃO



Um flamboyant sorri por entre flores
que pendem dos seus galhos.
Um coqueiro aninha pencas em brotação.
A coruja puxa conversa
com alguém que não tem pressa.
O perfume do mar embriaga a flor do cacto,
nascido ao acaso,
naquele recanto de jardim.
O bosque adormecido
mergulha em silêncio que entorpece.
O tempo,
perdido frente ao inusitado,
arrasta-se nesta noite de verão.

©rosangelaSgoldoni
30 12 2013
RL T 4 677 249

UM POEMA RADICAL (Solicitado para uso escolar no Ensino Fundamental II)

  Agradeço Um Poema Radical Infelicidade Insensatez Infidelidade Invalidez Não se fie no prefixo Opte pelo radical Acresça um bom s...