quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O TEMPO E O NÃO DITO



A palavra do dia,

da hora,

do momento,

unguento,

sonora...

A palavra viva,

altiva,

pulsante,

rompante,

aflora!

O silêncio da noite adentra intubado

no escuro da cânula transparente.

Um balbucio abafado

prostra-se sufocado entre suores e febres.

Aflito,

o tempo encarregar-se-á do que não foi dito.

 

©rosangelaSgoldoni

24 02 2021

RL T 7 193 160


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

REFEITA EM SUTILEZAS

                                                                               

Um olhar cansado de desvios

refaz-se em naturezas

pelos caminhos.

Despe-se dos véus

das distorções óticas

oferecidas sem provas

ou fundamentos.

Liberta-se do retrógrado e invasivo

ao repousar sobre flores,

matas,

céus

e o cantar dos passarinhos.

Em busca da claridade

aprimorou suas lentes

em contato com fontes cristalinas:

lubrificadas retinas.

Fartou-se de sutilezas!

 

©rosangelaSgoldoni

09 10 2020

RL T 7 187 710


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

NO BLOCO DO EU SOZINHO

 

Então ficamos assim:

em fevereiro, tem carnaval

mas “não vai ser igual àquele que passou”.

A fantasia escolhida

não vai desfilar na avenida

nem se juntar à multidão.

No bloco do eu sozinho,

máscara sem purpurina,

gratidão no estandarte

de uma vida em prontidão!

Em breve cravo e canela,

lança perfume nas passarelas

todos juntos no mesmo refrão:

para você que zombou da ciência,

apostou na incompetência,

saiba a vacina venceu!

Azar o seu!

Azar o seu!

 

©rosangelaSgoldoni

09 02 2021

RL T 7 182 340


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

LINK DO E-BOOK SEM FRONTEIRAS PELO MUNDO VOL. 5

semfronteiraspelomundo5.redesemfronteiras.com

NUVENS A SUSPIRAR

 

Alto verão sem chuvas manifestas.

Sol a deixar marcas no ressequido chão.

A cigarra,

entre cantar e festejar,

descansa à sombra da folhagem desbotada.

O anoitecer não surpreende em brisas.

A agonia do vento represado

revolve o caniçal

num balé desengonçado:

uma dança conectada à realidade estival!

Ao longe, ouve-se o suspirar duma nuvem.

Estremece em agonia de pingos,

precipita seu pranto sobre as fissuras do barro trincado.

Artérias sulcadas, cavadas em lágrimas,

um rio a fluir na imensidão da estação.

Hidratação a percorrer os mananciais de vida em exaustão.

Redimidos!

 

©rosangelaSgoldoni

03 02 2020

RL T 7 176 309


UM POEMA RADICAL (Solicitado para uso escolar no Ensino Fundamental II)

  Agradeço Um Poema Radical Infelicidade Insensatez Infidelidade Invalidez Não se fie no prefixo Opte pelo radical Acresça um bom s...