Alto verão sem chuvas manifestas.
Sol a deixar marcas no ressequido chão.
A cigarra,
entre cantar e festejar,
descansa à sombra da folhagem desbotada.
O anoitecer não surpreende em brisas.
A agonia do vento represado
revolve o caniçal
num balé desengonçado:
uma dança conectada à realidade estival!
Ao longe, ouve-se o suspirar duma nuvem.
Estremece em agonia de pingos,
precipita seu pranto sobre as fissuras do barro trincado.
Artérias sulcadas, cavadas em lágrimas,
um rio a fluir na imensidão da estação.
Hidratação a percorrer os mananciais de vida em exaustão.
Redimidos!
©rosangelaSgoldoni
03 02 2020
RL T 7 176 309
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