quarta-feira, 27 de abril de 2011

CULTUANDO A LUA




Quando a lua se esconde de mim
escorregando por detrás do monte
a tristeza parece sem fim
mas o sol surge noutro horizonte.

Redesenha com o seu colorido
os pastos, trinados e pontes;
ressuscita os adormecidos,
só eu o saúdo defronte.

O gramado orvalhado empina,
folhas se desdobram em mesuras,
o riacho suas águas ilumina.

A brisa envolvente é ternura
mas despeço-me, preciso dormir:
volto à noite a cultuar a lua.

©rosangelaSgoldoni
18 04 2011
T 2 935 620

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