quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

PONTEIROS E DESTINOS



Eram noites sem destino,

amor em desalinho,

coisas de paixão.

Por vezes, numa danceteria,

ele sentado à mesa pedia:

quero que dance para mim.

Gosto de vê-la sorrir!

Confuso, sem compreender o que sentia,

vez por outra levantava-se para beijá-la.

A pilastra frente a mesa

era proteção contra olhares invasivos.

Degustavam-se a cada intervalo,

entre abraços compulsivos.

Partiam pelas madrugadas guiados pelos

ponteiros que pendiam sobre suas cabeças.

Viveram, viviam!

 

©rosangelaSgoldoni

RL T 7 422 428

16 12 2021


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