Eram noites sem destino,
amor em desalinho,
coisas de paixão.
Por vezes, numa danceteria,
ele sentado à mesa pedia:
quero que dance para mim.
Gosto de vê-la sorrir!
Confuso, sem compreender o que sentia,
vez por outra levantava-se para beijá-la.
A pilastra frente a mesa
era proteção contra olhares invasivos.
Degustavam-se a cada intervalo,
entre abraços compulsivos.
Partiam pelas madrugadas guiados pelos
ponteiros que pendiam sobre suas cabeças.
Viveram, viviam!
©rosangelaSgoldoni
RL T 7 422 428
16 12 2021
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