Acorda o verso para um mundo pandêmico.
Abre a cortina e descortina uma rua quase sem vida,
algumas idas e vindas pelo trânsito;
carros e ônibus
com suas janelas escancaradas.
O vírus,
liberto das amarras do ar refrigerado,
valsa sem rumo.
O homem,
gaiola e refém de si mesmo,
rende-se aos princípios da biologia
que ousou desrespeitar.
Inversão de valores e posição,
liberdade e prisão em discussão.
Um mundo novo a caminho ou
o descaso natural seguirá seu destino de destruição?
Os versos se organizam
e retornam à cama sem questionar.
Afinal, mais um poema não faz qualquer diferença.
©rosangelaSgoldoni
25 03 2020
RL T 6 939 691
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