Houve um tempo...
um anu
preto
fez pousada em meu jardim.
Olhos negros festejavam
vertendo lágrimas sobre mim.
Meus ombros se envergavam;
um peso insuportável,
o mundo e o cansaço
esvaíam-se num estopim.
Virei a mesa,
virei o jogo;
virei o jogo;
ensaiei bailado novo:
convoquei colibris.
Intimaram-me:
- volte a sorrir!
Numa paleta de cores,
repaginei meus valores
e, afinal, entendi:
meu ritmo, eu mesma harmonizo,
independe de quem o interrompe:
FELICIDADE É O MEU NOME.
©rosangelaSgoldoni
12 07 2012
RL T 3 773 329
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