O silêncio absoluto da madrugada é quebrado pelo CD.
Ensaio a poesia: ela não vem.
Insisto, mas Florbela me detém.
Sua poesia musicada tem gosto de rara emoção.
Sinto-me pequena diante da
sensibilidade extrema dos seus versos.
Espanca meu coração aflito,
indeciso, em
meio a um turbilhão.
Céu nublado,
gritos sufocados,
a caneta titubeia à mão.
Desisto!
Rendo-me à sua poesia:
musicada ou
não.
Florbela,
mulher letrada,
pioneira em sua estrada,
neurose escancarada,
vai além da imaginação.
Eu,
nas suas entrelinhas, sou esperança
de rever a vida e suas tramas,
reinventar-me poeta na solidão.
rosangelaSgoldoni
13 04 2012
RL T 3 654 433
Publicado na Antologia “Poemas à
Flor da Pele”, volume 5, 2012
Editora Somar Porto Alegre
Editora Somar Porto Alegre
Ler o que você escreve me encanta Ro!
ResponderExcluirLindo poema !
Um beijo carinhoso da amiga e fã.
Obrigada, Cristina!
ResponderExcluirFeliz com a sua visita e comentário.
Bjsss