Há uma ponte imaginária entre dois mares
a ligar o Atlântico Sul e o Leste Mediterrâneo.
Facilita o estreitamento de amizades:
uma cultura milenar e uma jovem a consolidar-se.
Alguns milênios de história não impedem a troca de
cordialidades e experiências.
O cedro e o ipê acolhidos, simbolismo paralelos e
simultâneos.
Líbano e Brasil numa saudável e frutífera convivência,
multifrequência em vibrações religiosas.
Flores, sabores e texturas,
“blakava”, hortelã, especiarias,
damascos, pistaches, melancias...
Mil e uma noites entre delícias
enquanto o sândalo derrama-se sobre o jardim.
A dança, sete rituais,
o ventre remexe-se em volteios,
quadris retorcidos entre véus
festejam a vida... enleios.
Com Gibran aprendi sobre filhos,
presente divino em novas pinceladas.
Celebremos essa jornada compartilhada
em fraterna e cultural efervescência:
o conhecimento abraça e saúda a causa.
©rosangelaSgoldoni
25 07 2021
RL T 7 404 422
Este poema foi dedicado a uma amiga de ascendência libanesa cujo nome aparece publicado no livro com o poema.
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