Agradeço a Dyandreia Portugal a oportunidade de participar
deste painel na feira do livro de Lisboa 2021; a Edenice Fraga, moderadora e ao
seu Fernando, intérprete de libras, neste momento inclusivo da Rede sem
Fronteiras.
Minha poesia serve-se das observações quotidianas quem sabe
alimentadas pelos jornais lidos na infância; das insônias recorrentes durante
anos; vez por outra de fantasias (quem sabe os poucos livros infantis aos quais
tive acesso). Sinto-me naturezas em flores e passarinhos, no granizo e trovoadas,
nas luas e noites estreladas. Acredito que represente uma linguagem quase lúdica
de um processo terapêutico.
Vou além, acredito numa troca de solidariedade emocional entre
o autor e seu leitor quando provoca o outro a pensar ou a repensar seus
sentimentos e atitudes. Quantas vezes me disseram: “escreveu o que eu estou
sentindo.”
Aos dezessete anos, em 1970, a primeira poesia: Limites do
Pensamento.
Do Normal à Faculdade de Direito a leitura fazia-se
obrigação. Profissões de pouca duração mas que foram proveitosas para a nova escolhida:
bancária.
A vida seguiu seu curso: trabalho, casamento, filhos,
maturidade, aposentadoria... vez por outra um escrito. O hábito esporádico foi retomado com o
agravamento do Parkinson de minha mãe.
Cada linha escrita compunha sua tese em doutorado de vida.
Hoje abraço meus Fiapos de Lucidez (tempo de insônias) e
minhas Observações Outonais (poesia e maturidade) a caminho de um inverno
poético.
E desafio aos que se intoxicam com palavras:
ACORDE SEU DOM INTERIOR E MÃOS Â OBRA!
FRAGMENTO
DA POESIA VERSOS
Poetas
embaralham rimas,
fiam
poesias
bordam
corações de papel.
rosangelaSgoldoni
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