quarta-feira, 29 de abril de 2020

DA QUARENTENA AO POEMA



Aquela solidão não agendada
andava desconfortável.
Obedecia aos chamados do racional constituído
em conselhos de pressa por isolamento de um vírus.
Entregou sua liberdade às rédeas
de alguns sintomas e sentou-se ao abrigo da informação.
Esperou, esperava...
Sonhava com uma vacina que libertasse seu mundo de infectados.
Soprou letras sobre uma tela escura e,
num passe de mágica,
a despeito da máscara,
filtrou versos e ventilou um poema.
Sobreviveu à quarentena!

©rosangelaSgoldoni
28 04 2020
RL T 6 932 262

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