Aquela solidão não agendada
andava desconfortável.
Obedecia aos chamados do racional constituído
em conselhos de pressa por isolamento de um vírus.
Entregou sua liberdade às rédeas
de alguns sintomas e sentou-se ao abrigo da informação.
Esperou, esperava...
Sonhava com uma vacina que libertasse seu mundo de
infectados.
Soprou letras sobre uma tela escura e,
num passe de mágica,
a despeito da máscara,
filtrou versos e ventilou um poema.
Sobreviveu à quarentena!
©rosangelaSgoldoni
28 04 2020
RL T 6 932 262
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