Peixes, cisnes e golfinhos
voltam a circular pelos canais de Veneza.
Foram-se os plásticos turísticos
e o lodo sedimentado.
O cenário transmite sintonia e beleza
mas na tristeza das cidades impera o silêncio soberano.
Apenas o cantar plangente dos corações sobreviventes.
O homem curva-se à iminência da morte
nos hospitais da Lombardia
ao último ressonar de um respirador.
Falta equilíbrio ao ponderado da vida?
O racional mundial a criticar-se exclama:
repensemos nossas interações com a natureza maestrina,
urge reinventar-se o HUMANO em sagrada comunhão.
©rosangelaSgoldoni
21 03 2020
RL T 6 893 718
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