Passei por algumas perdas doídas e doloridas por algum tempo.
Na certeza da emoção (ou missão) cumprida, ao ritual do
sepultamento sobreviveu um sentimento de solidão.
A dor foi se afastando e as lembranças me envolvendo.
Percebi que aquele não era um momento final, mas
transcendental e foi se acomodando no meu coração.
Por isso não vivo finados ou flores em sepulturas.
Vivo as presenças e lembranças constantes dos que me foram
caros.
Visitamo-nos em sonhos e relembramos os cuidados mútuos de
então.
Inevitáveis partidas, inevitáveis reencontros.
E segue a vida, mesmo em finados.
©rosangelaSgoldoni
02 11 2019
RL T 6 785 177
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