Sonhos ela sempre os teve uma vez que
a criança que nela existiu
sobrevoava cotidianamente as páginas
de um gibi, livro,
ou jornal (muitas vezes dos classificados).
Sua residência
sem azulejos ou banheiras,
tinha como brilho visível apenas
o vermelhão do chão da cozinha e
o amor familiar.
Não podiam faltar!
Nos ambientes sofisticados,
que não eram de sua intimidade,
transitava com certa prudência,
mas não fazia feio.
Com os pais aprendeu o que se chama respeito.
Alimentar-se de possibilidades era preciso,
necessário,
intuitivo.
Descobriu que,
do céu,
somente chuvas
e foi à luta!
Conquistou o mundo que lhe aprouvera
sem ganâncias ou subterfúgios.
Sonhos sempre os terá,
afinal,
viciou-se em voar.
©rosangelaSgoldoni
22 10 2018
RL T 6 781 547
Classificada em 10º lugar no Concurso de Poesias Claron/Niterói, RJ 2019
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