quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

O VÔMITO DA BARRAGEM




Havia
um misto de
fome
e
pressa
no correr da lama
 que vomitava rejeitos.
Devorou a mata,
os homens,
suas refeições,
escritórios e
máquinas.
Devastou construções.
Engoliu a pousada,
os animais no caminho,
devastou plantações.
Avermelhou-se o Feijão
na sua inocência de córrego
de águas claras e transparentes.
Só a Vale não percebeu o tamanho da tristeza
e as fatais desolações
em que se afogou Brumadinho das Gerais.

©rosangelaSgoldoni
04 02 2019
RL T 6 569 645

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