terça-feira, 3 de maio de 2016

FLORES DE CONCRETO



Urbanas divagações,
noturnas sensações de
invasão de privacidade.
Janelas nas minhas janelas;
varandas,  telas e grades;
carbônicas derrapagens
afluem aos ouvidos e narinas.
Ouço rojões,
festa e balões?
Um pisca-pisca
reflete na minha sala.
Já não consigo distinguir ambulâncias e viaturas.
Loucura?
Aves de rapina nos espreitam a cada esquina,
calçada,
forquilhas.
Ó criatura urbana,
segue tua sina,
ora e clama ao Senhor
por ti, pela família,
 pela urbe ultrajada.
Há que se plantar esperança em meio ao concreto armado.

©rosangelaSgoldoni
03 05 2016
RL T 5 624 463

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