Aqui, meu recanto,
sou dona de mim
sou livre, descanso,
liberta enfim.
É como um brinquedo
que não pude ter
e guardo segredos:
não queira saber.
No céu não consigo
estrelas contar,
sentada escuto
um grilo a cantar,
bela sinfonia
que me faz chorar.
Janelas abertas
com rendas e laços,
o sino dos ventos
entende o compasso
e eu, sorrateira,
fronteiras tranpasso.
O meu aconchego
espera por mim;
são idas e vindas
que nunca têm fim,
quem sabe um dia
eu crie raízes
tal qual angelim.
©rosangelaSgoldoni
06 02 2010
RL T 2 507 624
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