Um depois indefinido,
revestido de otimismo
aguarda-me no calendário.
Hoje sou esperança
enquanto folheio lembranças
de um passado noutro cenário.
O presente desembrulhado
revelou-se retardatário
nas delicadezas do viver.
O tempo parado no tempo
deixando sem argumento
os ponteiros do compreender.
Transbordando impaciências,
adiando sonhos, projetos,
sem saber se hoje exagero
reinvento-me num quase bolero:
amanhã eu vou,
amanhã eu quero!
©rosangelaSgoldoni
18 10 2020
RL T 7 094 627
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será bem-vindo!