Vento que venta inverno
bate janela,
destrava tramela,
escorrega
pelo corrimão
da ansiedade.
Assustados,
os degraus gemem de frio;
a cama em arrepios
recobre-se
edredom.
O sono,
sem pestanejar,
rodeia a
luminária
num voo cego de cansaço.
Alguns versos carentes de sentido
aconchegam-se na mente do poeta.
Recolhidos com avidez
formata-se em
poema.
Seu pão de cada dia
adormece saciado sobre o balcão da escrivaninha.
©rosangelaSgoldoni
RL T 6 191 324
03 06 2016
Menção honrosa no Concurso em Homenagem a Ferreira Gullar promovido pela Poemas à Flor da Pele 2017.
Todos os textos concorrentes foram publicados em livreto pela Editora Somar.
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