terça-feira, 8 de novembro de 2016

A LOUCA DA MATA





Subo degraus.
Plataforma em aço que
me eleva
ao topo da vida.
Pulmões que sobrevivem
alimentados pelos pulmões do mundo.
Envolvidas clorofila,
eu e a névoa
assentada
pedimos socorro.
Uma gargalhada ecoa por entre as árvores.
- Ó louca da mata,
desvairada criatura que
desvincula a vida do progresso,
há que derrubá-las para que os pastos floresçam!
Destruição e progresso,
confesso,
insônia.
Dorme em paz,
Amazônia,
teu oxigênio
alimenta a chama
da sobrevivência!

©rosangelaSgoldoni
02 11 2016
RL T 5 817 675

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