terça-feira, 29 de novembro de 2011

FANTASIA DE POETA





Sim,
escrevo,
ou melhor,
rascunho.

Rascunhando tento passar a vida a limpo.
Triste engano:
não há tempo!

Deixo rastros nas palavras
que não podem ser apagadas,
por dentro!

No papel acredito-me poeta,
tal Nerudas e Florbelas,
fantasio o momento!

Que se recobre de alegria,

às vezes monotonia,
e quase sempre
lamento!


No bloco do eu-sozinho
desfilo sem rota ou caminho,
Prossigo!


 ©rosangelaSgoldoni

01 10 2010
RL T 2 531 259

Publicada na Antologia Café com Verso vol. 3 2014, Editora Delicatta, SP

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